quarta-feira, 30 de julho de 2008

Momentos Difíceis

Dizem que a noite é mais sombria um pouco antes do amanhecer e que o momento mais triste é quando sabemos que o amor acabou e não temos força para mata-lo.
Bom no meu caso o amor sempre foi só da minha parte. Não que ele não goste de mim, mas é muito mais difícil quando ele olha para mim e diz - te amo como uma irmã - essas palavras entram pelos meus ouvidos, descem pela minha garganta e ferem meu coração como uma navalha cortando a carne.
É assim que me sinto como uma presa dilacerada e esquartejada nas garras de um predador e esse predador é você.
O único problema é que sou viciada em você e não consigo e não quero me desvencilhar de suas garras.

sábado, 26 de julho de 2008

Não sou um poeta

Não sou um poeta
O que escrevo não pode receber o nome de poesia
É simplesmente inexplicável,eu mesmo não sei o que é,
Como as paixões que eu nem me atrevo a entender.
Na verdade não consigo entender nem a mim mesmo.
Não consigo entender o mundo e nem as pessoas é tudo tão complexo.
Só existe uma coisa que gostaria de entender mais do que isso tudo.
Gostaria de entender o seu olhar e a profunda inquietude na qual ele deixa meu coração,
Se eu compreendesse isso talvez eu pudesse, pelo menos, dormir em paz.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Gota d'água Chico Buarque


Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta pro desfecho da festa
Por favor
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água
Já lhe dei meu corpo, minha alegria
Já estanquei meu sangue quando fervia
Olha a voz que me resta
Olha a veia que salta
Olha a gota que falta pro desfecho da festa
Por favor
Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água
Pode ser a gota d'água
Pode ser a gota d'água

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Migalhas de pão

Como posso me conformar com migalhas de pão,
pois nunca fui mulher de me conformar com migalhas de pão,
mas depois que te conheci tudo mudou.
O que sinto por você é tão forte que eu perco minha razão,
não consigo pensar em outra coisa que não seja você.
Meus amigo me alertam, dizem que devo agir,
falar o que estou sentindo para você,
que você esta se aproveitando dos meus sentimentos,
mas eu não me importo.
Apesar de mi sentir uma covarde por não assumir que te amo,
de não ter coragem de dizer o que sinto.
Como posso ser tão covarde,
mas o meu medo de te perder é maior.
É esse medo que me faz aceitar tudo o que você faz com o meu coração.
Queria ter a coragem de te olhar nos olhos e gritar bem alto;
- Não quero mas suas migalhas!!!
- Eu quero o seu coração, e nada menos do que isso!!!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Poema Enjoadinho Vinícius de Moraes


Filhos... Filhos?
Melhor não tê-los!
Mas se não os temos
Como sabê-lo?
Se não os temos
Que de consulta
Quanto silêncio
Como os queremos!
Banho de mar
Diz que é um porrete...
Cônjuge voa
Transpõe o espaço
Engole água
Fica salgada
Se iodifica
Depois, que boa
Que morenaço
Que a esposa fica!
Resultado: filho.
E então começa
A aporrinhação:
Cocô está branco
Cocô está preto
Bebe amoníaco
Comeu botão.
Filhos? Filhos
Melhor não tê-los
Noites de insônia
Cãs prematuras
Prantos convulsos
Meu Deus, salvai-o!
Filhos são o demo
Melhor não tê-los...
Mas se não os temos
Como sabê-los?
Como saber
Que macieza
Nos seus cabelos
Que cheiro morno
Na sua carne
Que gosto doce
Na sua boca!
Chupam gilete
Bebem shampoo
Ateiam fogo
No quarteirão
Porém, que coisa
Que coisa louca
Que coisa linda
Que os filhos são!

O texto acima foi extraído do livro "Antologia Poética", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 195.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

TARDE DE MAIO Carlos Drummond

Como esses primitivos que carregam por toda parte o maxilar inferior de
|seus mortos,
assim te levo comigo, tarde de maio,
quando, ao rubor dos incêndios que consumiam a terra,
outra chama, não-perceptível, e tão mais devastadora,
surdamente lavrava sob meus traços cômicos,
e uma a uma, disjecta membra, deixava ainda palpitantes
e condenadas, no solo ardente, porções de minh'alma
nunca antes nem nunca mais aferidas em sua nobreza
sem fruto.

Mas os primitivos imploram à relíquia saúde e chuva,
colheita, fim do inimigo, não sei que portentos.
Eu nada te peço a ti, tarde de maio,
senão que continues, no tempo e fora dele, irreversível,
sinal de derrota que se vai consumindo a ponto de
converter-se em sinal de beleza no rosto de alguém
que, precisamente, volve o rosto, e passa…
Outono é a estação em que ocorrem tais crises,
e em maio, tantas vezes, morremos.

Para renascer, eu sei, numa fictícia primavera,
já então espectrais sob o aveludado da casca,
trazendo na sombra a aderência das resinas fúnebres
com que nos ungiram, e nas vestes a poeira do carro
fúnebre, tarde de maio, em que desaparecemos,
sem que ninguém, o amor inclusive, pusesse reparo.
E os que o vissem não saberiam dizer: se era um préstito
lutuoso, arrastado, poeirento, ou um desfile carnavalesco.
Nem houve testemunha.

Não há nunca testemunhas. Há desatentos. Curiosos, muitos.
Quem reconhece o drama, quando se precipita, sem máscara?
Se morro de amor, todos o ignoram
e negam. O próprio amor se desconhece e maltrata.
O próprio amor se esconde, ao jeito dos bichos caçados;
não está certo de ser amor, há tanto lavou a memória
das impurezas de barro e folha em que repousava. E resta,
perdida no ar, por que melhor se conserve,
uma particular tristeza, a imprimir seu selo nas nuvens.

domingo, 20 de julho de 2008

O que falar sobre os olhos

O que falar sobre os olhos do ser amado, me parece que tudo já foi dito pelos poetas.
Mesmo assim quando estou em frente aos seus olhos, fico pensando o quanto ainda falta falar sobre esses olhos.
Esses olhos que surgiram em minha vida de forma tão especial, me mostrando que ainda era possível amar. Através de seus olhos pude contemplar sua alma, ver o quanto ela é límpida, sensível e sábia. Vi o Universo, vi os oceanos e onde tudo começou. Vi minha alma refletida nos seus olhos e percebi que ainda sou capaz de amar e o quanto te amo.
Só uma coisa me deixa triste à frente de seus olhos, a certeza de que ao olhar para os meus olhos ele não sinta o mesmo que eu estou sentindo.

sábado, 19 de julho de 2008

Exposição


Neste exato momento começa a minha exposição, começo a expor meus sentimentos, meus pensamentos.
Expor minha alma, minha calma.
Que nem sempre é clara, como uma dose de aguardente, mas é ardente como um carvão em brasa.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Antes de Amar-te...


Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.
Pablo Neruda

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Coisas que eu gosto

Amar,

Meu filho,

Minha mãe,

Meu irmão,

Beijar na boca,

Fazer sexo,

História,

Política,

Carinho,

Estudar,

Ler,

Saber,

Wicca,

Tarot,

Amigos,

Companheiros,

Estar apaixonada,

Miguel Pereira,

Viajar,

Acampar,

Sorvete de chocolate,

Musse de chocolate,

Kibão,

Pizza,

Cerveja,

Lua,

Sol,

Praia,

Mar,

Floresta,

Pisar descalça na terra,

Ficar nua,

Fazer coisas novas,

Militância,

Rir,

Fazer amigos,

Ser surpreendida,

Ficar por cima,

Ficar por baixo,

Ser dominada,

Dominar,

Dançar.