segunda-feira, 22 de novembro de 2010

NEGRINHO

OLIVEIRA SILVEIRA

Um naco de fumo escuro

negrinho

da tua cor, no monturo.

Um toco de pito aceso

negrinho

cor de teu sangue indefeso.

Muito estancieiro safado

negrinho

formigueiro à beira-estrada.

Contra as manhas dessa malta

negrinho

se vai de cabeça alta.

E peço: clareia o rumo

negrinho

de teus irmãos cor de fumo.

Nenhum comentário: